sábado, 1 de janeiro de 2011

As 9 Sextas-Feiras após a comunhão Solene.

A Comunhão Solene.
     Lá de ser traquina eu sei que não sou o único e ainda bem!!!  Quanto a porradinha Virgilio!!!
Já estava tão habituado que nos dia que não me treina-se não era dia para mim e quando chegava à noite e me parecia que não choveria nesse dia eu arranjava sempre um pretexto para a coisa acontecer.

   Realizada a Comunhão Solene era obrigatório ir comungar na primeira Sexta-Feira de cada mês nove meses seguidos, segundo diziam só assim teriam validade essa mesma Comunhão.
  No primeiro mês até nem me importei nadinha de o fazer.
  Segundo roguei uma pragas e disse ao Fifas para dizer à minha Mãe o que tinha dito e eu fui dizer o mesmo à Mãe dele. A minha mãe fez vista grossa e llá me obrigou a ir.

 Aquilo já era de mais e eu não suortar ter de continuar. lá me fui confessar de véspera como era obrigatório naquele tempo e quando soube que a minha Mãe no outro dia ía de manhã com o Barco à Cooperativa buscar a mercearia vi logo ali o propblema resolvido.
Ela chamou por mim e eu aleguei que me ía vestindo, ela lá foi buscar o Barco e quando já seguia Rio abaixo e por baixo da minha casa, onde tinhamos uma Figueira apanhei uns Figos e disse-lhe olhe a hóstia e comecei a comer os Figos.
 Disse que me ía cozer e Fritar, mas eu sabia que depois passadas umas horas seria um sacudir de pó.
 Por ali ficaram as Sextas-Feiras depois da Comunhão.

2 comentários:

  1. Não fiz a comunhão solene porque fui corrido pela catequista, por não me ter portado bem.
    Mas ainda me lembro duma vez que como dizes era obrigatório ir á missa, e mais, a minha Mãe queria que fosse comungar, ora para se comungar tinha que se estar de barriga vazia, não sei quantas horas, e uma vez eu comi qualquer coisa, pouco com certeza porque nunca havia muito, e já não pude ir comungar, não sei se hoje ainda é assim, ou já não perguntam se a Pessoa comeu ou não.
    Um abraço
    Virgílio

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  2. Oh amigo Virgílio no final dos anos quarenta e cinquenta a "coisa" religiosa nas aldeias funcionava nos moldes que o Valdemar aqui descreveu!
    Agora quando dizes, que hoje nem sabes bem como será, penso que terá a ver com a forma como vês nos dias de hoje a mesma religião. Repara que são aos milhares os que vão dizendo que são "católicos não praticantes"... Se procurares essa religião nos cânones da especialidade não vais encontrar e porquê? Porque está em queda de dia para dia e o que a vai aguentando é o DINHEIRO, o poder do dinheiro!
    Um abraço!

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