terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Mudo, As Ovelhas, o Serralheiro e o Cerqueira

As corridas organizadas pelo mudo.
Sempre que ele viesse a Cancelos, mandava juntar o pessoal, e bastava uma assobiadela, que toda a tropa se reunia no areio para a habitual corrida, aquele que faltasse, já sabia que na próxima era excluído da corrida, o prémio para o primeiro, era sempre a velha Cabilha toda enferrujada, o segundo um prego, o terceiro um prego mais pequeno. Estas disputas, quase sempre acabavam em bulha, (porrada de putos) porque uns metiam-se a impedir que os outros passassem e a coisa por vez era complicada.
Nem sempre ganhavam os que corriam mais, mas os que no momento da corrida tivesse maior número de amigos. Trocava-se de amigo por dá cá aquela palha.
As Ovelhas e as Cabras
  Por volta dos meus seis anos, passei a ter de ir com as ovelhas da minha avó para o maninho (baldio), ali era da Freguesia e toda a gente podia e tinha direito a andar com o gado.
  A maioria das pessoas tinham este tipo de gado e algumas havia que tinham Cabras.
A Ovelha é aquele tipo de gado que pasta a eito, ao contrário da cabra que só come a parte de cima e é sempre a andar e em pouco tempo percorre grandes distâncias. Mas nas Ovelhas da minha Avó uma meia dúzia, uma havia que era tipo cabra. Para aumentar as dificuldades era grande e tinha muita força superior à minha e quando chegavamos ao maninho ela queria andar sempre para a frente, tinha mais força,  e como tal eu lá a deixava ir, ficava com os outros nas bricadeiras ou no jogo e quando desse por ela já ela andava a léguas, o que me obrigava depois andar atrás delas muito tempo, pois se a amarrase, quando chegasse a casa a minha avó apercebia-se e treinava-me. Mas bastava que um ou dois amuasse e viesse embora e contasse o sucedido à minha Avó, que chovia na mesma.
Aliás a tareia essa quase esrava certa, mas já fazia parte do programa.
   Mas a coisa ainda se resolvia normalmente sem grandes problemas, até ao dia que!!! Entra na cena o
O Fernando Serralheiro e o Cerqueira!!!! Dois patifes de primeira apanha. Judas e Lucifer
 Ambos mais velhos que nós alguns anos, e quer um quer outro qual dos dois o pior patife. Do género se um diz mata o outro esfola.
 Ambos tinham Ovelhas e Cabras, já mandriões, faziam de nós gato sapato e o pior é que se fossemos dizer aos nossos Pais, as coisas ainda se complicavam mais para nós.
     O Cerqueira: o Tio dele "o Cunha" tinha uma Taberna, onde o Cerqueira lá ía sacar uns rebuçados e uns tostões, a principio começaram como pessoas bem comportadas a nos presentear com rebuçados e com um ou dois tostões, sempre que regressassemos com o gado, por vezes depois de andar pelo monte à procura de as encontrar uma hora e mais. Os rebuçados ainda nos autorizavam a chupar, os tostões diziam que o guardavam e que nos o davam no outro dia, mas no outro dia lá com o jogo a Pincha e ao Montinho, lá nos sacavam tudo.
     Se dissessemos que não íamos ainda nos acertavam o passo e isso não aconteceu poucas vezes.
 Estas almas  ainda tivemos de as gramar por mais uns anitos e cada vez se tornavam piores.
 Cenas do próximo capitulo:
                            A entrada para a Escola.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Jogo da Macaca Jogos de bola, as casinhas e os casais.

Jogo da macaca.
Também este era uma dos jogos que diáriamente jogavamos, também poucas vezes nos deixavam ganhar, porque quando estavamos prestes a concluír, os mais matelões nos impediam, mas nem por isso deixavamos de lá estar todos os dias, a maioria deles, a chupar no dedo porque eles não nos deixavam participar.
Bola de Trapos
     Tal como na guerra aos Indios, aqui também se escolhiam os jogadores, hora um, hora outro, nos encontros de futebol nós tinhamos que ocupar as posições que os mais velhos dos grupos mandassem, raro era o dia que não houvesse bulha (porrada), uma canelada mais forte e lá se entornava o caldo. Tudo jogava descalço, pois o calçado era coisa que não havia, só que de calacarrilhar por aqueles caminhos pedregosos, cada canelada, era como se fosse hoje, dada com uma sapatilha.
  Também era muito raro o dia, que não fosse caír uma bola dentro da casa daquela avarenta solteirona a Beata Ti Maria Zé, que nunca as devolvia, nada de nada. Então a equipa que perdesse esse jogo, tinha de arranjar uma para a substituir  no outro dia. Lá Tinhamos de ir roubar um caturno (meia - Peuga) e uns farrapos para fazer a bola, muitas das vezes roubadas nas casas onde estavam estendidas a secar, ao darem falta delas lá íam ao nosso encontro, cabeça não tinha juizo, o corpo pagava. Lá na Ilha todos tinham ordem para tosquear o pêlo a todos, ( tosqueal - bater), eram os nossos Pais que davam e recomendavam uns aos outros para quando estivessemos a fazer asneiras, para dar, que só se perderiam as que caíssem no chão..
As casinhas e os casais.
Arranjavam-se uns cacos (bocados) de louça que tivessem partido e deitados fora, que serviam de malga e prato, a colher ou garfo era uma pau.
 Apanhavampos uma planta a que davamos o nome de caixilho que eram as couves, os alhos bravos ou outra coisas semelhantes, eram as batatas, a água, era o azeite, a areia era o sal  etc..
 Antes lá se faziam os casamentos, (que normalmente já vinham do dia anterior, a não ser que houvesse zanga. As mulheres (miúdas) preparavam a comida e nós os homens (miúdos) lá íamos trabalhar dar uma volta para vir depois tal como se tivessemos ído ganhar a vida, por vezes dar uma volta de barco, como se fossemos pescadores ou barqueiros.
 Montava-se o cenário e a representação como se estivesse -mos a comer e depois lá íamos para a cama, em cima de um folhelho, no lagar abandonado da Ti Guida do Albano. Havia que descansar para no outro dia ir trabalhar, por ali estavamos uma meia horita, mas sempre com sentinelas, que às vezes abandonavam o seu posto, para  írem fornicar (caniar) para debaixo das pilhas de lenha de queiró e carqueja que se faziam a uns trinta metros  e sem sentinela lá acabacvamos por sermos cassos na ratada.
  A forma de pagamento era sempre a mesma e por vezes com juros, porque as nossas mães, acumulavam as asneiras. Normalmente o castigo era de corda, pois se fosse com as mão eram elas que se magoavam, tal malhadiços que estavamos.
  Amanhã lá a história das Ovelhas, e a entrada em cena dos mafarricos Serralheiro e Cerqueira.

domingo, 28 de novembro de 2010

Jogo da Pincha do Peão e Rio

Boletins, Parodiantes e Voz dos Ridículos = O Mundo Acredita e Ri.
Sim os  os Boletins eram de uma audiência impressionante, áquela hora, parava tudo para os ouvir e naquele tempo na minha Ilha ainda não havia luz eléctria e os rádios funcionavam a Pilhas tal como tua, a minha casa era pequena para receber as vizinhas. Haviam lá no ranchopoucos Rádios.
Tinhamos aqui no Norte a Voz dos Ridículos ao Domingo aquilo era também só ouvidos.
 O Patilhas e Ventoínhas dos Parodiantes de  Lisboa idem idem aspas aspas.
O Virgilio e o Carneiro.do Tio que os Soldados da Paz paparam e pagaram com Ingratidão.
Estou a adorar a vossa recptividade e colaboração.
Os Putos mais velhos não davam ponto sem nó (Interesseiros)
Os mais velhos que não eram putos de quebrar tradições mas olhando apenas para o seu próprio umbigo, arvoraram-se em putos de bem! mas que o que faziam, era porque eu tinha uma Tia que trabalhava de mulher a dias no Porto e mandava-nos muita roupa, na qual tinha muitos botões e Patolas(botões grandes de casaco),a minha entrada, seria uma fonte de rendimento garantido.
Sabiam que acabariam por ganhar sempre e só raramente nos deixavam ganha r de quando em vez, para animar as ostes.
 Partiam em vanajagem, porque estavam mais treinados e tinham o palmo muito maior, mas como se isto não lhes bastasse, quando as coisas não lhes corresse de feição, quando fossem a jogar aumentavam de uma palmo para dois.
 E se a coisa não lhes continua-se a correr de feição puxavam pelo baralho de cartas e jogava-se ao montinho.
  Nunca podiamos protestar. Se o fizessemos muito chovia.
Face a isto os botões comerçaram a desaparecer e quando terminaram começamos a roubar os da própria roupa e mesmo da roupa que estava a secar.
O botão pequeno, valia um. Um médio dois o Botão grande do casaco três e um tostão dois botões. 
Natação e jogo do Peão 
Começaram os abusos também de nadar no rio, e se até ali os treinos dos progenitores já eram quase diários por asneiras e vadiagem, então começaram a serem mais penalizadores, o castigo muitas vezes já era de cinto e de vargasta (uma ranco de giesta, oliveira etc.) e também de corda de ir à lenha do monte.
 Marcavamos uma distãncia e um local, onde tinhamos de levar o peão, ele era apanhado na mão a rodar e dava-se um contra o outro até ao local marcado, quem levasse o do adversário, tinha direito a dar umas picadelas no do outro, ainda se fazia uma roda e o que ficasse mais longe tinha de lá meter o peão e os outros jogavam para acertar, quem falhasse, tinha de lá colocar o seu.
    O mais grave é que de quando em vez lá se abria o peão, e havia que comprar outro e para arranjar o dinheiro tinha de ser ou da saquita do meu avô ou de casa .
   Claro que é conhecida a forma como pagavamo!!! Com o corpo.
   Mas já estavamos tão malhadiços, dia que não chovesse em casa não era dia.
    Pior era quando andavamos todos nus no rio e vinha o velhote e era de sinto a toque de caixa até chegar a casa, às vezes as nádegas até sangravam, mas não havia emenda no outro dia a cena repetia-se.
    Como era o filho mais velho deveria estar aolhar pelos meus irmãos mais novos, era o olhas.
As promessas ao Santo.      
Pela noite quando regressavamos a casa, raro o dia que não pedissemos a um santo que fica em frente o S. Domingos da Queimada que se não levassemos porrada daria-mos-lhe uma esmola, como nunca pagavamos, ele já não nos ligava patabina (nada) e raro era odia  que houvesse milagre ( o treino estava mais que certo.
O jogo da macaca, as ovelhas da minha avô e a bola de trapos= cena do próximo capítulo

A Guerra aos Índios e outras Traquinices.

O indesejável Carneiro.
O carneiro continuava a ditar as suas leis, e a nós: só nos restava dar às de vila diogo,(Acelarar, Fugir) sempre que ele andasse por perto. Mas as coisas complicavam-se, porque nós tinhamos de ir buscar as ovelhas, ao mínimo descuido , lá vinha ele todo investido, a nossa defesa era a de sprintar -mos mais que ele. Não tinha a mínimo respeito, nem pelos Pombas .
   Mas custou  o Ti Zé das Pombas a vendê-lo,aliás só o fez memsmo depois de muitas queixas dos filhos.O citado animal, era inteligentíssimo e (ciúmentíssimo com ovelhas por perto aumentava a sua agressividade) media as pessoas e só ataca a quem ele sabia que podia dominar. Mas o Bano e Tono Pombas os responsáveis de o levarem a pastar, tal como todos nós, também tinham de acelarar, não tinha pingo de respeito, nem por quem o levava a pasytar (comer)  Deve ser daquí, que vem a Escola para os nossos actuais Governantes, para a continua  falta de respeito e seriedade pelos indígenas .
A muito custo o Ti Zé lá teve que o Vender ao Tino de Gondarém que de imediato lhe aplicou a doença da faca e poucos minutos acabou com a sua total resisitência.
(Que se saiba não teve direito a deixar em testemunho o seu último desejo, mas é fácil deduzir que seria;- Turrar, Turrar e Turrar seguramente que a maior vítima fui eu, e o que mais comi por medida)
Admitido no Grupo Etário quando prestes a fazer cinco anos.
Ainda não tinha cinco anos, quando então fui admitido , no grupo dos pistolas maiores que íam até aos seus nove anos. Alteraram as regras, e decidiram que a partir dos qutros anos já poderiamos integrar o grupo. Não Ía para lá  dos oito anos, pois a partir desta idade; ai daquele que os pais o vissem ou soubessem, que os mandriões andavam nos jogos do peão, guerra do lodo, às escondidinhas, casinhas etc.etc. Pois já estavam na idade de trabalhar e não de brinacar. ( Naquele tempo, o fazer Filhos era um investimento para dar lucro e não como nos dias de hoje e de há muitos anos a esta parte, um filho é um investimento de enorme despesismo, e um  investimento que teremos de fazer, durante anos e anos, sabendo-se que se trata de um investimento que jamais será reembolsado). (Dinheiros gastos com a Edução dos Filhos.)
Havia regras severíssimas a cumprir . ( Um tipo R.D.M.)
Entre nós esses treinos eram quase diários, que neste grupo já faziam mossas, mas que aquele que fosse fazer queixinhas era excluído por o tempo a que viesse a ser condenado, vos garanto que a disciplina era mais rígida que na Briosa, não havia a menor hipótese de se dar o salto, ou irmos para outro lado.
Guerra aos Indíos (Bolas Secas de Lodo)
A guerra aos Índios, era aquela que  mais penalizava os mais pequenos, que para poder participar nas outras tinhamos de entrar nesta, e que há hora marcada ninguém podia faltar.
Antes de a guerra se iniciar, todos tínhamos de fazer novas bolas, para serem postas a secar durante uns poucos de dias, para que ficassem duras para poderem ter o efeito desjado. ( O lodo seco, fica  como o barro duríssimo e não se desfaz com facilidade)
Constituição das Equipas. ( As escolhas)
As equipas: eram formadas naquele momento, os dois mais velhos, davam uns passos até tocar o pé um do outro, o último a dar o passo era o que começava a escolher, seriam escolhidos um de cada vez,e em alternância,  que seria o método utilizado nos restantes jogos que fossem formados por equipas.
Marcava-se uma distância, fazia-se um risco de cada lado e era dali que se tinha de arremessar, cada jogador escolhia o alvo que deseja-se a tingir, a equipa que mais acertasse era a vencedora.
 Cada jogador, tinha direito a atirar três vezes. Normalmente, os mais velhos escolhiam os pequenos e os mais pequenos escolhiam os maiores, os primeiros porque tinham melhor pontaria, os mais pequenos porque se tornava mais fácil enos dava um prazer imenso lhe acertar,(era uma festa), os ssprimeiros nos mais pequenos, que depois se divertiam a ver-nos a gemer e continuando activos na guerra como bom ìndio,e porque ainda  mais fácelmente  poderiam ganhar o combate.  Taça normalmente era uma Cavilha Grande e cheia de Ferrugem que no outro dia tinha de ser devolvida.
  Eram do Mudo,( este mudo um rapazinho já de vinte e muitos anos) que tinha várias, uma para cada das diversas corridas  e atribuídria uma a cada.
    O Pai dele era Carpinteiro dos Rabões,  como tal tinha facilidade em compradar as respectivas e   trazer  depois o mudo as trazer para dar de Prémios.
 Quando nos acertavam e poucas vezes vezes falhavam, por vezes fazia moça, "mas em carne de cão no outro dia está são "era como o Ferreiro a bater em ferro malhadilo). 
Assim acontecia. Era sofrer e não gemer, porque se o fizemos ainda havia treino a seguir, umas palmadas e uns pontapés. E na próxima batalha não ter direito a participar. Não poderia haver castigo mais penalizante.
Seria violência doméstica? Ou um enorme e valioso contributo para o nosso Mundo maravilhoso em que vivíamos?
Adoravamos viver e isto dava a todos o poder rir do sofrimento do parceiro e quando ganahvamos era uma tarde de festa, que se mantinha até à próxima batalha   .
 Cenas Próximo Capítulo = Novos jogos e mais traquinices.
Quem não se recorda dos Folhetins da Rádio ?!!!
Recordar é Viver Dias Vezes.
Este será o meu  e vosso  se o desejarem Folhetim.
Obrigados por terem pachorra.
Nota: - Filho da escola Virgilio e aos outros amigos, sempre que não percebam uma palavra, façam-lhre referência que eu escreverei o significado.
 (Um Abraço de um Puto Traquina do Douro)

sábado, 27 de novembro de 2010

Escurraçado da manada = TUDO À CARNEIRADA.

Excurraçado como um Cão do Grupo. PERSONA NÃO GRATA.
Se vivia e convívia com eles antes, porque carga de água, quando souberam que eu tinha mudado definitivamente para Cancelos, não só não me admitiram nas brincadeiras, como ainda me corriam a toque de caixa, e as próprias miúdas, aproveitavam o rufar dos bombos para me tosquiar o pêlo.
POIS É:- Nesse tempo ainda não havia a violência Doméstica.
     - É que a minha vinda para a casa no Tapado do Coelho, implicava a saída do Pires para outra casa em Sebolido.
    Ainda e para complicar-me mais a vida, existia  um Mudo e como o Tono Pires, era um membro preponderante no grupo,  não me aceitavam, talvez porque acreditassem ser eu o culpado de se ter criado essa situação..
DAR A VOLTA POR CIMA, E VIRAR O FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO!
    Esta situação ainda se manteve por um tempo alargado, mas aos poucos fui começando a acertar o passo aqueles que eu sabia, que ao bolhar ( andar à porrada) com eles, lhe acertaria o passo. Que  tinha que ser mais gabirús que eles,e que só assim conseguiria com que eles se tornassem meus amigos.
     Assim foi:- aos poucos fui acertando o passo a uns dois ou três, mas o maior problema, era o Fifas! Não podendo com uma gata pelo rabo, tinha cá uma destas pontarias no atirar de pedras, que era um galo certo.
  Esse bom malandro, foi mesmo dos últimos e o maior obstáculo para tornear. Valia-se do Irmão mais velho, "o Velhinho" que tinha mais uns dois anos, e era um tipo com muita força. Mas já tinha uns aliados, incluindo a simpatia do Velhinho, então o Fifas foi obrigado a ceder.
MAS QUE GALO!!!
FOI HÁ CORNADA
     Quando as coisas pareciam normalizadas e a amizade entre mim e os Pombas, começava a ser uma realidade, o Pai deles compra um Carneiro, o Albano, que tinha umas Goelas que quando berrava, dava a sensação que até as fragas da Abitureira tremiam (Herdada a Goela da Mãe Teresa) e toca a chamar-me para ir buscar as ovelhas da minha avó e dar-me a novidade da nova aquisição.
              Nem de propósito; vem com o animal e nada se passou, quando eu venho perto dele e começo a falar com o Pombas, ele bem a correr, o Pombas que era um ano mais velho que eu, foge para uma carvalheirita e sobe, ele bem contra mim à torrada, caí e ele levou-me assim mais de uma dúzia de metros, tendo eu ficado cai e não cai ao Rio, e a corrente era significativo e eu tinha os meus cinco anitos.
     Pos-me o corpito todo negro e pisado. 
 Vinha treinado e depois atacou -os a eles e o Pai acabou por ter de o matar.
 Mas antes ainda deu uma marradas no Tono Pombas.
 Coincidência ou talvez não, quase no mesmo ´local o Pires tinha caído com dois anos de idade e ficou preso num ameeiros e só por isso não caíu ao rio. Se tal acontecesse,tinha ído, porque não estava por ali ninguém para o socorrer.     
AS GUERRAS COM AS BOLAS DE LODO,  IR PARA O RIO E AS LINHAS de REMENDAR:
        Cena do Próximo capitulo

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A dúvida permanece!!! De bom miúdo a indesejável!!!

Só pode trazer o Mafarrico dentro dele. Ó Júlia levo-a a Ermesinde.
Este lugar faz-me lembrar qualquer coisa! Será o que eu penso?
A mim muito mais Carlos. É o local que tu pensas. Que eu adoro-o.
PARA MIM A GRANDE CATEDRAL & TIVE VÁRIAS!!!
     A Baixo desta casa, a uns sessenta metros existe uma outra, onde a partir dela, vocês se tiverem pachorra de ouvir as minhas histórias!
    Se calhar vão ficar um tanto ao quanto surpreendidos, sendo eu o protagonista de muitas delas, por vezes me interrogo!... como foi possivel, tudo aquilo acontecer, a uma pedalada de alta velocidade. Mas ao olhar para o lado, concluo, que os outros até à data de que lá parti para servir na Armada, muitos deles, para não dizer todos eles, que era a palavra mais apropriada, não era melhores nem piores, eram a mísmissma coisa.
 Mas para melhor perceberem o correcto é começar  a abrir o livro.

Atravessar o Rio para habitar  a residência, foi o problema.    
    Com cerca de quatro anos de identidade, passaria a viver na casa onde a cima faço treferência, a mesma fica a uns 30/40 metros do rio, sendo que tenho uma leira, que do fundo do Muro dela ao Rio em Prancha sou dois mretros, quando o Caudal do Rio Sobe cinco metros entra na mesma.
Normalmente passava metade do tempo deste lado, pois apesar de viver nascido na outra margem, tenho dúvidas que não tivesse sido feito no meio do Rio.
  Dentro do Barco, havia o Bartedouro, o que  para lavar a passareta servia perfeitamente, o saiote fazia de toalha, como naquela tempo as cachpos não usavam cuecas, tudo estava à mão de semear.
     Ainda mais à mão ficava, porque o meu Pai vivia da margem de cá e a minha margem do lado de lá, e as povoações ficam de frente uma à outra, e naquele tempo não havia luz electrica, como tal escuro que nem um prego, propícia para a malandrice. Mais ainda, quando ambos tinham barco, ambos sabiam remar, ambos eram pescadores, facílima a  atracação e trafegar.
   Tal era a paixão que sentia e sinto pelos dois lugares:- que muitas vezes dizia que muito provávelmente teria sido feito ao meu do rio.
Isto claro por intuição.
O meu Pai um bocado gabarola "para ser simpático com ele", ou não fosse ele Pescador, a ajudar e se filho de peixe sabe nadar, já  já o Pai dele o era e até conhecido, " pelo Guerguenteiro." 
    Quando fazia alguma coisa memos bem, e diga-se em abono da verdade, fazia era poucas direitas, lá vinha aquela do meu Pai, que tinha uma Lua a menos, aquilo cheirava-me a esturro, ee ainda mais aumentava a minha suspeição de ter sido feito dentro do barco!!!
Mudei para a nova residência, aí começam os grandes problemas, porque apesar de eu andar sempre misturados com eles na brincadeira, a minha vinda obrigou a que um outro pistola tivesse de ir para Sebolido.
        Cena do próximo capitulo? 
         De bem aceite a indesejável

Novo Visual = Prometer e Cumprir = Mais uma obra prima do Mestre Carlos Tintinaine

Apelo:-
           Apelamos que nos mencione nos vossos blogues, como blogue de interesse. O Nosso Reconhecimento.
A Sabedoria da água 
   Se alguém te quiser bloquear a porta, não vamos amigo gastar energias com o confronto, vamos procurar as janelas. Vamos lembrar-nos da sabedoria da água:
- a água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna".
Quando alguém  nos quiser ofender ou frustrar nós vamos ser a água. E a pessoa que nos pretender ferir será o obstáculo
Vamos contorná-lo "a ele obstáculo" sem o discutir.

AMIGO BLOGUE:-
                      "PESCADOR/MARINHEIRO DO DOURO"
                      link  = marinheirododouro.blogspot.com                               

Amigo "Pescador/Marinheiro do Douro" marinheirododouro.blogspot.com
    Todo o meu passado tem sido de luta e de confronto, nem sempre contornei os obstáculos que se me depararam , uns como disse contornei, outros não. Passado todo este tempo, acabei por os contornar atodos, mesmo aqueles que nem eu próprio quase acreditava. Foram de sofrimento horrivel, mas venci.
     Muitos deles foram criados por mim, noutross colaborei para que nascessem e florecessem, outros nem tanto, eoutros ainda, nada tinha  a ver com  a sua criação, mas que dada a minha incapacidade de os contornar, tive de os assumir como meus alimentando-os e pago sózinho todo o seu custo..
   Muitos desses obstáculos, uns e outros, foram penalizadores para mim, mas hoje, todos eles podem e devem servir como ponto de referência para poderem ser sinalizados, aproveitar o que tiver de bom meditar e evitar entrar no que não presta. Justifica-se assim esta divulgação e que tornará possivel  que as adversidades e erros de proporcções imprevisiveis possam ser evitados. Porque inteligente é quem repete erros novos e não repete erros velhos. Assim eles erros serão mais permissiveis e mais fáceis de  serem contornáveis.
   Fica o nosso juramento: de que tudo iremos tentar: - Lutar contra ventos e marés neste nosso País de Marinheiros, que vamos tentar desbravar caminhos sinuosos e mares encrispados, mas ao fim de cada etapa, sentir-nos -emos felizes se acaso tivermos a missão a que aqui nos propomos tentar alcançar.
    Temos tropas para avanaçar para essas batalhas,  mas teremos de ser uns exemplos, onde quase quase teremos de ser o menos falíveis possivel perante os nossos cooperantes. Sabemos por experiências noutras paragens, que fazem parte de um corpo especial, bem instruído e intelegentíssimo, também sendo bondoso e tolerante, mas disciplinado e exigente.
   Vamos amigo blogue cativá-los com a nossa sinceridade e  humildade. Tentar cumprir, será sempre uma virtude a els terem em conta, prometemos que estaremos  activos um dia de cada dia. Se não nos for possivel almejar os objectivos a que nos propomos, foi porque não fomos capazes. Viremos de novo aqui dar a conhecer que falhamos, não por falta de dedicação, mas vencidos pelas nossa limitações. Como  também  nos congratularemos pela honra de nossa missão cumprida.
  O compromisso está assumido e vai entrar imediatamente em vigôr.
  As nossas saudações a todos os nossos cooperantes.
Seremos uma porta aberta para todos os comentadores, os quais terão total liberdade de opinião.  
Quando houver: e vai haver concerteza algumas falhas da nossa parte; desculpem qualquer coisinha,  que não venha a alcançar os contornos..
  Vamos partilhar .
                 O valor que recebemos da partilha, é sempre muito superior aquele pouco que damos de nós.

domingo, 21 de novembro de 2010

Ó Filha dá-me cá o Teu.

Do outro lado do mundo :- Enviado pelo Filho da Escola Valdemar Alves = Lido num, bar do Intendente, desconhecendo o autor.

Na vida de um Marujo
Tudo se passa
E a tudo se acha graça
Até à própria desgraça

Tempos de outros tempos onde os amantes eram limpos e diferentes. Depois espernico (explico). Certo? Não estou aqui para folgar, nem para o meu afiançar.
Tive uma gaita à maneira                                                   Letra do fado calão.
Com uma cabeça inteligente                                No palácio do Conde Andeiro = (Prisão do Limoeiro)
Deu-me uma boémia porreira                  Dia seis do mês corrente
Em prostituição  diferente                       Num velho surto Sentado        = Banco
                                                             Te escrevo e quero primeiro
Tive uma gaita à maneira                          Que estejas bacanamente      =boa
Que provocou grandes paixões                Já que eu estou encanado
Deu-me gozo a vida inteira
E que ganhou  uns tostões                        Com a fresca nos bastelos,
                                                              Vou escrever-te esta falha
                                                              P´ra que te ponhas a fancos
                                                              Já estrilhou o Camelo
Seria um graveto ordinário?                     A quem  afanei a tralha
 Para gastar em sítio certo!                      E manjou que eu era manga.
 Quem berrava era  Otário                                    
  Quem mamava    era o esperto      Com a devida vênia ao autor destas duas quadras


A todas as agás que me tocaram um chocho deste manhoso.

Nota importantíssima:- De vital importância destacar, que não eram  muitos os que entravam neste mundo e conseguiam na hora certa abandonar a má vida, que num período limitado de tempo dava grandes prazeres e a oportunidade de conhecer-se e desfrutar dos prazeres de Lisboa por dentro e também fora de horas em Lisboa , mas em cada centena que entravam, mais de 90% acabavam por destroçarem as suas vidas e acabarem muitos deles em marginais e com um fim trágico.  A vida do marujo que frequentava ou vivia neste meio era diferente porque  não era um dependente de viver a expensas delas onde haviam mulheres de nobres sentimentos e que a própria vida as obrigou a protituirem-se. Mas toda a prostrituta tinha a necessidade de ter uma amante (ou dito chulo) se preferirem. 
  A vida da prostituta enquanto nova era uma maravilha, depois em velha a vida da puta, era bem pior que a puta da vida. No tempo a que ainda sobtreviviam vendendo roupas às outras que as rendiam.
   Era um dinheiro escumungado, tanto para ela como para o homem que vivesse com ela.

Era como aquela cantiga do cantador :-

A  cantar ganhei dinheiro,
A cantar se me acabou.
Dinheiro foi mal ganho,
Água o deu, água o levou.

LÁ CHEGAREMOS :-
Eu conheci montes de casos desses num espaço de quatro anos.
Cena do próximo capitulo:- As rondas da Marinha no Governo Civil e as Rusgas da Ramona. PSP

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O E MAIL DO CHEFE!!! = Um bom dia de Trabalho

Um belo dia, um trabalhador recebe um email de seu chefe, no qual estava escrito:
PORRA.
      No dia seguinte, o funcionário respondeu ao email:
FODA-SE
      Regressando ao escritório, foi imediatamente chamado pelo chefe, que lhe disse:
- Você não tinha o direito de me responder daquela maneira! Não sabe que estamos em contenção de despesas? O meu email era simplificado e o significado de PORRA é:
'Por Obséquio Remeter o Relatório Atrasado'.
O Funcionário Argumentou:
- Sei de tudo isso e foi exactamente dentro desse espírito que lhe respondi FODA-SE, que significa:
  'Foi Ontem Despachado Amanhã Será Entregue'.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Para Avivar a Memória.

Felizmente que o Filme 48" já conquistou três galardões, sendo que o mais recente dos quais com o prémio para o "Melhor Documentário do Mundo", na 14ª edicão do Festival Internacional do Cinema Documental de Jihlava, na República Checa.
O filme de 93 minutos e segundo a sua autora Suzana de Sousa Dias de 48 anos natural de Lissboa, esta obra foi escolhida entre 274 filmes de 52 países.
     "Uma viagem  ao período do Estado Novo que imperou 48 anos".
     Com imagens recolhidas do arquivo da PIDE: o filme inclui testemunhos de ex-prisioneiros políticos.
     Dias Lourenço e dois destacados  activistas moçambicanos.
     A privação do sono, choques eléctricos, gases asfixiantes e os sucessivos interrogatórios são relembrados agravés destes testemunhos.
O filme que já foi exibido por toda a Europa, Brasil, Argentina e México. As pessoas ficam chocadas porque desconheciam  os pormenores da brutalidade exercida pelo regime ditatorial de Salazar e seu acólitos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CARINHO DE MÃE!

   Não deixem de ler esta história verídica e enternecedora!
   Um homem jovem estava fazendo compras no supermercado, quando notou que uma velhinha o seguia por todos os lados.
  Se ele parava, ela parava e ficava olhando para ele.
 No fim, já no caixa, ela atreveu-se a falar com ele, dizendo: -- Espero que não o tenha feito sentir-se incomodado; mas é que você se  parece muito com meu filho que faleceu...
 O jovem, com um nó na garganta, respondeu que tudo estava bem, que não havia problema.
 E a velhinha disse-lhe, então: -- 'Quero pedir-lhe algo incomum...'
O jovem respondeu:
-- 'Diga-me em que posso ajudá-la.'
-- 'Queria que você me dissesse 'Adeus, Mãe', quando eu me for embora do supermercado, isso encher-me-á de felicidade...!'
 O jovem, sabendo que seria um gesto que encheria o coração da velhinha, aceitou.
Então, a velhinha passou pela caixa, após ter registado as suas muitas compras. Aí, se voltou sorrindo e, acenando com a sua tremula mão, disse: 'Adeus, filho!'Ele, cheio de ternura, respondeu-lhe efusivamente: 'Adeus, Mãe!'
Ela foi-se e o homem ficou claramente satisfeito pois, com toda a certeza, havia proporcionado um pouco de alegria à tão angustiada velhinha. E, então, passou suas compras.
'São 450,00 €'; lhe disse a rapariga do caixa.
-- '450 €??? Porquê tanto, se só levo estes cinco produtos?' E a rapariga do caixa disse-lhe:
-- 'Sim, mas sua mãe disse que você pagaria as compras dela também.....'
   P.S.: Até os sacanas envelhecem!
  Que velhinha FDP!!!
  E tu aí, quase a chorares!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

" MORTOS!... DE PÉ !....

OS VIVOS ESTÃO DE CÓCORAS
   Para o caso é-me indiferente se li, ouvi, ou até sonhei estas frases:
   - Importante é refira-las aqui.
    Há mortos que estão sempre de pé e bem vivos na nossa memória.
    Não só os que conhecemos e nos foram queridos como os que, pelo seu valor, mereceram referência histórica.
      Os seu feitos e saberes, heroicidade, generosidade e até de humildade foram e são exemplo para as gerações presentes e seguintes.
      O mundo, e a sociedade beneficiaram da sua acção.
       Desnecessário é enumerar ou citar nomes até porque muitos permanecerão anónimos eternamente.
       Simbólicamente seria desejável que viessem esses mortos levantar os vivos à posição vertical lembrando-lhes outros horizontes que se podem ver com olhos no local próprio, na caixa craniana do raciocinio.
     Só assim e, serenamente, se conseguirá uma melhor vertacalidade de atitudes, e os valores da solidariedade não serão postos de lado. Nem o único interesse válido passará a ser o de chegar o mais depressa,e mais alto, sem olhar à volta.