domingo, 8 de agosto de 2010

Pais, Papás e Padrinhos.

É engraçado ver as vozes calarem-se perante os poderes ocultos da sociedade.
Na sequência dos episódios do fim da caso Freeport apareceram pretensos "pais " da Democracia e da Constituição (leia-se Mário Soares, Jorge Miranda e Vital Moreira) a bramar contra o sindicalismo da Magistratura.
     Confesso que tenho cada vez menos paciência para argumentos disfarçados de mesquinhas razões paridárias ou pessoais.
     Qual é a acusação à ASJP ?
     Não dizem.
      Por terem sido os primeiros a a afirmar que aqueles episósidios eram reveladores de falta de hierarquia e de liderança do Ministério Público?
    O que é que isso tem de sindical?
     Nada como é bom de ver, pois tal constatação tem sido repetida por muitas personalidades.
  Engraçado!!!
É engraçado ver as vozes que, sob pretexto do prestígio da Justiça, atacam instituições legítimas, cujos membros e dirigentes são conhecidos e que não vivem de subsídios do Estado, calarem-se perante os poderes ocultos da sociedade, tipo Opus Dei e Maçonaria.
     A mesma  atitude tiveram face à opacidade do arquivamento, pelo PGR, em expediente administrativo, da denúncia do crime de atentado contra o Estado de Direito, no âmbito do caso Face Oculta.
     A democracia vive bem sem pais, papás ou padrinhos, mas não sobrevive sem liberdade de associação e de expressão.

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