Boletins, Parodiantes e Voz dos Ridículos = O Mundo Acredita e Ri.
Sim os os Boletins eram de uma audiência impressionante, áquela hora, parava tudo para os ouvir e naquele tempo na minha Ilha ainda não havia luz eléctria e os rádios funcionavam a Pilhas tal como tua, a minha casa era pequena para receber as vizinhas. Haviam lá no ranchopoucos Rádios.
Tinhamos aqui no Norte a Voz dos Ridículos ao Domingo aquilo era também só ouvidos.
O Patilhas e Ventoínhas dos Parodiantes de Lisboa idem idem aspas aspas.
O Virgilio e o Carneiro.do Tio que os Soldados da Paz paparam e pagaram com Ingratidão.
Estou a adorar a vossa recptividade e colaboração.
Os Putos mais velhos não davam ponto sem nó (Interesseiros)
Os mais velhos que não eram putos de quebrar tradições mas olhando apenas para o seu próprio umbigo, arvoraram-se em putos de bem! mas que o que faziam, era porque eu tinha uma Tia que trabalhava de mulher a dias no Porto e mandava-nos muita roupa, na qual tinha muitos botões e Patolas(botões grandes de casaco),a minha entrada, seria uma fonte de rendimento garantido.
Sabiam que acabariam por ganhar sempre e só raramente nos deixavam ganha r de quando em vez, para animar as ostes.
Partiam em vanajagem, porque estavam mais treinados e tinham o palmo muito maior, mas como se isto não lhes bastasse, quando as coisas não lhes corresse de feição, quando fossem a jogar aumentavam de uma palmo para dois.
E se a coisa não lhes continua-se a correr de feição puxavam pelo baralho de cartas e jogava-se ao montinho.
Nunca podiamos protestar. Se o fizessemos muito chovia.
Face a isto os botões comerçaram a desaparecer e quando terminaram começamos a roubar os da própria roupa e mesmo da roupa que estava a secar.
O botão pequeno, valia um. Um médio dois o Botão grande do casaco três e um tostão dois botões.
Natação e jogo do Peão
Começaram os abusos também de nadar no rio, e se até ali os treinos dos progenitores já eram quase diários por asneiras e vadiagem, então começaram a serem mais penalizadores, o castigo muitas vezes já era de cinto e de vargasta (uma ranco de giesta, oliveira etc.) e também de corda de ir à lenha do monte.
Marcavamos uma distãncia e um local, onde tinhamos de levar o peão, ele era apanhado na mão a rodar e dava-se um contra o outro até ao local marcado, quem levasse o do adversário, tinha direito a dar umas picadelas no do outro, ainda se fazia uma roda e o que ficasse mais longe tinha de lá meter o peão e os outros jogavam para acertar, quem falhasse, tinha de lá colocar o seu.
O mais grave é que de quando em vez lá se abria o peão, e havia que comprar outro e para arranjar o dinheiro tinha de ser ou da saquita do meu avô ou de casa .
Claro que é conhecida a forma como pagavamo!!! Com o corpo.
Mas já estavamos tão malhadiços, dia que não chovesse em casa não era dia.
Pior era quando andavamos todos nus no rio e vinha o velhote e era de sinto a toque de caixa até chegar a casa, às vezes as nádegas até sangravam, mas não havia emenda no outro dia a cena repetia-se.
Como era o filho mais velho deveria estar aolhar pelos meus irmãos mais novos, era o olhas.
As promessas ao Santo.
Pela noite quando regressavamos a casa, raro o dia que não pedissemos a um santo que fica em frente o S. Domingos da Queimada que se não levassemos porrada daria-mos-lhe uma esmola, como nunca pagavamos, ele já não nos ligava patabina (nada) e raro era odia que houvesse milagre ( o treino estava mais que certo.
O jogo da macaca, as ovelhas da minha avô e a bola de trapos= cena do próximo capítulo
Apareceu aqui uma frase que já não a lia/ouvia há muitos, muitos anos... MULHER-A-DIAS!
ResponderEliminarValdemar Alves
Houve tive um dia do caneco... Ao jantar apareceu COZIDO À PORTUGUESA... Reclamei com a cozinheira que faltava a farinheira, mas aqui no fim do mundo não as há... Pouco tempo depois telefona-me o Fernando Marinheiro Leal, um Filho da Escola (da Comp.2 de FUZ.) que trabalha nos confins do Estado da Queensland a perguntar-me se eu gostava de mangos... "Vou-te mandar uma caixa!"... Não me digas agora Valdemar que não valeu a pena ter nascido no PAÍS de onde vem a melhor comida e de ter assentado praça de onde vem as melhores amizades...
ResponderEliminarValdemar Alves
Dos jogos que havia na minha terra no meu tempo tenho ideia que eram: o jogo do peão, outro com tampas dos refrigerantes e também com os berlindes dos pirolitos.
ResponderEliminarUm abraço
Virgílio