Será que valerá a pena apresentar queixa?...
Um estudante de 19 anos sofreu uma tentiva de assalto na Baixa de Lisboa. O assaltante não lhe levou a carteira porque apanhou dois ou três sopapos bem aplicados.
A cena foi testemunhada por um funcionário de uma empresa de segurança. Foram todos para a esquadra. A, vitima, como é seu dever, apresentou queixa. O assaltante era um velho conhecido da Polícia: tinha sete mandados, por outros tantos crimes, para se apresentar no Tribunal de pequena Instância Criminal de Lisboa - a que, obviamente, nunca deu a mais pequena importância. Uma vez que não foi detido, a PSP, como manda a lei, acabou por mandá-lo embora - mas o rapaz foi á sua vida com a obrigação de no dia seguinte se apresentar no tribunal.
No outro dia, lá estavam todos no tribunal - todos menos o assaltante: a vitima, o advogado, os dois polícias que trataram do expediente e o vigilante que testetemunhou o assalto.
Apresentaram-se pontualmente no Tribunal de Pequena Instância Criminal - às 10 horas.
Esperaram, esperaram... Deu meio - dia - e nada. Juizes, procuradores e funcionários foram almoçar. Duas da tarde. A vitima do assalto, o advogado, os polícias não arredaram pé.
Ninguém lhes deu uma palavra. Só pelas três da tarde, ao fim de cinco longas horas, alguém se dignou comunicar-lhes que o assunto fora adiado para daí a 15 dias.
Moral da história: a lei penal ou a má vontade dos magistrados - ou as duas juntas - são um convite ao pior: quem assalta pode continuar a fazê-lo, alegremente - e quem é vitima fica a saber que o melhor é não apresentar queixa para evitar mais ameaças.
Virgilio :-
Talvez isto ajude a perceber onde se encontram os polícias. Quantos estariam nas mesmas condições destes dois?
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