Ligações e Inerligações
Nestes tempos difíceis que correm, urge fazer uma reevangelização que melhore esta sociedade em fé e sem valores morais. Vai fazer-nos bem a lição deste inteligente agricultor.
Toda a gente ficava admirada e gostava de saber como um fazendeiro agrícola ganhava sempre o primeiro prémio no concurso “milho-crescido”.
Certo dia, um jornalista, sabendo que o lavrador partilhava a boa semente do seu milho com os vizinhos, entrevistou-o.
Como pode você partilhar a semente com os seus vizinhos que concorrem também, todos os anos, competindo consigo?
- Vai saber – respondeu o fazendeiro. O vento apanha o pólen do milho maduro e leva-o de campo em campo. Se meus vizinhos cultivaram milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Se eu quero produzir milho bom, tenho que ajudar meus vizinhos a cultivar também milho de boa qualidade.
Este agricultor inteligente conhecia as interligações da vida. Para ter bom milho, seus vizinhos tinham de tê-lo também. Para melhorar sem milho precisava de estar rodeado de boas castas de sementes nos campos dos outros.
Há uma interligação, invisível mas real entre o que fazemos e o que fazem os outros. Entre o que os outros fazem o que fazemos nós.
Se queremos ser felizes, temos de ajudar os outros a serem felizes também, porque o bem-estar de uns depende do bem-estar dos outros.
Se queremos viver em paz, temos de procurar vivê-la em conjunto, começando pelos nossos vizinhos.
Se queremos fortalecer a nossa fé, temos de fortalecer a fé dos outros com o nosso exemplo.
Se vivemos num mundo de ódio, de vingança, de terrorismo, temos de levar a esse mundo a boa semente do amor.
Para ser feliz é preciso saber suportar, saber perder, saber sofrer, saber perdoar, saber amar.
O pólen da felicidade é o amor, que fecunda e faz crescer na seara, o melhor milho que alimenta o espírito… na pureza da verdade, lealdade e amizade a começar pela nossa vizinhança!
Ser amigo é procurar ter paz e viver na alegria da compreensão, da estima e da dignidade com profunda fraternidade…
Aventuras e desventuras de um filho do rio mais lindo do mundo (contadas pelo próprio)!
Assino por baixo este texto!
ResponderEliminarConheço na vida real alguns factos, que mostram como é importante viver em harmonia com a sociedade e com a Natureza!
Conheci seres humanos com quem cheguei a fazer equipa em trabalhos diários, mas com o passar do tempo fui verificando que não havia consonância nos fins que se iriam atingir e decidi mudar de rumo! Passados vinte e cinco anos encontrei, um a um, na vida real e com quem fui trocando diálogos, que vieram a confirmar o que previra em finais dos anos setenta! Apesar de terem trabalhado em equipa e distribuído benesses entre si, acabaram de costas voltadas, nem sequer se falam e nota-se até alguma raiva, quando se acusam mutuamente de actos e atitudes, quando o facto é que estiveram tão unidos para os mesmos fins!!!!
Usufruiram de altos vencimentos e acabaram infelizes e divididos!
Ao ver tão triste desenlace fiquei convencido de que, mais uma vez, o "crime" não compensou! E quando falo em "crime", estou a referir-me a jogos de poder e de ganância, aliados a medos de perder os títulos conquistados, defendendo com unhas e dentes um exarcebado e doentio individualismo, que muito naturalmente vai diminuir e empobrecer os colectivos, que tão merecidamente deveriam ser estimulados e até beneficiados!
O curioso é que estas mentalidades se DESLUMBRARAM, quando se aperceberam, que, afinal, os ares de ABRIL haviam sobrado para eles e foi "um bodo aos pobres", como se diz lá nas nossas aldeias...
Triste sina e triste fado deste povo, tão antigo, que tem rumado sem rumo certo, num desnorte quase constante, aqui e ali, dando mostras de ser guiado pelo seu verdadeiro gene, mas que de seguida desaparece para sítio inatingível, mas que seja seguro, valha-nos isso!
PIKÓ