segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Férias da Páscoa e a Morte da Ovelha

Escola Comportamento razoável!!
Até aquele momento, a Escola até estava a correr de forma aceitável, apesar de já por umas três ou quatro vezes ter havido a necessidade de dar o salto para ir marcar o campo da bola ao Areio D´Ortes, e a teimosia da professora em exigir que aqueles que ela classifica de bons têm mesmo que serem muito bons e os outros coitadinhos estão sempre desculpados.
Férias da Páscoa
   Serviram para concretizar uma ameaça que já tinha sido várias vezes  feita.
   Era uma grande Ovelha, mas pior que uma Cabra a pastar, as Ovelhas normalmente pastam a eito, enquanto que as cabras comem as cabeças do pasto e sempre a andar.
   As Cabras  do Serralheiro e do Cerqueira calcarreavam quilómetros o que era uma carga de trabalhos para as apanhar e trazer de volta, agora que já havia uns cigarritos, mais os rebuçados, lá andavamos nós todos entusiasmados, mas a forma de eles pagavam o que prometiam era cruel.
Quando voltava-mos obrigavam-nos a puxar o Cigarro, travar o fumo e depois tapavam-nos a boca e por vezes até ficavamos roxos e sem ar. Mas depois lá nos davam um ou mais cigarros, Definitivo ou Provisório, por vezes lá vinha uns três vintes.No outro dia já tinhamos esquecido as patifarias e lá voltavamos ao mesmo. As férias também serviam para isso.
A Ovelha para complicar as coisas raramente andava por perto das Cabras.
A morte da Ovelha
Um dia eu pedi ao Albano Pombas se me ajudava a levá-la para uma Fragas e depois a empurrá-la de lá abaixo. Claro que a adesão dele foi imediata.
   Deveria ser uma altura apróximada de 40 metros. Foi dito e feito, o pior era depois convencer o meu Pai.
   Ensaiamos como seria e assim aconteceu:
   O meu Pai estava em casa, tinha uma jura sagrada. Desde que ele jurasse pela Alma do Avô dele não me batia.
   Depois de a termos deitado abaixo o Pombas que tinha umas goelas que se ouvia berrar a quilómetros lá começou com a berraria.
   Eu gritava ai a Minha Rica Ovelhinha que morreu. Vou-me matar
  Gritava o Pombas :- Aquilo de Rei, Aquilo de Rei. Ai que eu já não posso com ele.
   A mãe do Pombas ouviu e perguntou desesperada, o que era ele respondeu-lhe o Fanuca quer-se atirar das Fragas abiaxo com medo do Pai.
   A Ti Teresa chama pela minha Mãe e responde ela e o meu Pai.
   Ao ouvir eu dizer que me ía atirar das Fragas abaixo. Porque ele me ía matar à porrada e eu sem culpa nenhuma respondeu:- Ó meu rico filho eu não te bato.
 Então disse-lhe por duas vezes para ele jurar por alma do Avô dele.
 Jurou e eu disse-lhe que se ele me bate-se me atiraria depois.
Era o atiravas.
Durante uma semana foi tirar a barriga de misérias a comer a Ovelha, era carne a toda a hora.
Verdade que ele mais uma vez respeitou a jura.
O Barnabé e o Adolfo obrigado a dormir no Lagar do Guerra

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