quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Putos Alpinistas = Descer e Súbir as Fragas (Vertigens)

Putos Armados em Alpinistas
Era costume nós descer e subir as Fragas, direi mesmo que era um procedimento normal andar metidos em aventuras para descobrir onde o Ujo fazia ninho. Como também fazer-se escalas sendo que cada um procurava em cada dia o fazer por locais mais difíceis. Isto já vinha dos mais antigos e felizmente que eainda até aos dias de hoje não morreu ninguém de queda.
     As Fragas da minha Aldeia, sejam as do Vale Escuro, ou da Abitureira, tem várias dezenas de metros de altitude.
      Tem muito musgo e são bastante amareladas ( dizia um bem dito mentiro o Ti Sapateiro de Cancelos, que eram assim amarelinhas, porque ele há muitos anos quando era novo as tinha pintado)
      Foram muitos os sutos que muitas vezes apanhamos, mas nada que não fossemos superando e não eram o suficiente para nos desmotivar.
   Entre o Borracho e o Sopapo, Deus mete a mão por Baixo
   Um belo dia, estavam as fragas muito húmidas e deu-me para descer por um local onde tinha muito musgo, cheguei a um ponto que não tinha onde colocar o pé direito, pois ficava uns centimetros mais abaixo.
 Sem força já nos dedos das mão com que me segurava, fui deslizando e lá consegui descer, recordo-me que no momento de grande dificuldade olhei para baixo, sabia que estava a mais de trinta metros de altura, se caísse não tinha a minima hipótese. Quando cheguei cá abaixo olhei pra cima e comecei a tremer que nem varas verdes, a partir dali, jamais fui capaz de deixar de ter vertigens e quando nas obras mesmo cá em baixo olhava para cima e via os trolhas nos quatros e quintos andares, tremia e dormia muito mal, mesmo quando acordava ou ainda mesmo hoje acordo de noite e me vem isso à ideia, tremo todo.
     Por incrível que parece até as ribanceiras e pontes que vejo na NET me fazem tremer.
     Traumas de criança que são incuráveis. Vá lá saber-se porquê???

1 comentário:

  1. Parabens sr valdemar eu sou seu vizinho e seu conhecido,tambem fui filho da escola,mas do ano de 1975,trabalho na vouga.A sua esposa tambem me conhece.Sou o Carlos casado com a Margarida,que tambem é de nogueira.Os meus muito respeitosos cumprimentos.Até breve.

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